administrar dieta enteral

Dúvidas sobre como administrar dieta enteral? Entenda tudo aqui!

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Uma série de condições de saúde podem afetar a alimentação, prejudicando o estado nutricional adequado do paciente, principalmente quando ele não pode se alimentar por via oral. Nesses casos, administrar a dieta enteral de forma adequada, com todos os cuidados necessários, pode fazer toda a diferença no desfecho clínico obtido.

Com as devidas recomendações, a nutrição enteral tem mais chances de atingir seus propósitos, contribuindo com o bom estado nutricional do paciente combinado a um menor risco de complicações associadas a essa terapia.

O que é uma dieta enteral?

Dietas enterais são fórmulas líquidas com todos os nutrientes necessários ao paciente administradas por um tubo (chamado de sonda). Ela passa pelo nariz, levando a dieta ao estômago ou intestino deste paciente. A dieta também pode ser administrada direto no estômago. Nesse caso, a sonda é inserida via gastrostomia.  Dessa forma, a dieta enteral serve como substituição ou complemento a alimentação de pessoas que, por uma série de motivos, não conseguem se alimentar normalmente pela boca1.

O objetivo do uso da dieta enteral, ou terapia nutricional, é suprir a pessoa com os mesmos nutrientes de uma alimentação normal, mas contornando eventuais dificuldades de se manter a alimentação via oral, como por exemplo devido a problemas relacionados à deglutição e mastigação ou doenças associadas. Assim, é fundamental que a terapia nutricional oferecida seja nutricionalmente equilibrada, com quantidades adequadas de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais2.

Na terapia nutricional, seja dentro do hospital ou em casa quando o paciente recebe alta, a dieta enteral líquida e pronta para ser administrada é a melhor opção, pois reúne todos os nutrientes necessários, da forma mais prática e com maior segurança para ser utilizada. 

Por falar em terapia nutricional em casa, vale sempre reforçar que as dietas enterais não são exclusividade de ambientes hospitalares. Com os devidos cuidados e a orientação adequada, elas podem ser administradas em ambientes domésticos. O que ajuda na praticidade, com menor manipulação e tempo de preparo, contribui para a redução de custos com internações hospitalares e oferece ao paciente uma possibilidade maior de contato com familiares.

Como administrar dieta enteral?

Para atingir o objetivo da terapia nutricional, o processo de administração da nutrição enteral por sonda, depende da utilização de alguns materiais (além da sonda que já está posicionada no paciente, claro).

Assim, é necessário ter a disposição um equipo, tubo flexível que conecta o frasco de dieta enteral à sonda do paciente, e de um suporte, que serve justamente para manter o frasco da dieta num nível acima do paciente, facilitando o gotejamento da fórmula administrada2. Se a família não dispõe de um suporte para pendurar o frasco, é necessário adaptar um local para manter o frasco pendurado acima do nível do paciente. O equipo também permite controlar a velocidade de administração, por meio de uma pinça de rolete que aumenta ou diminui o gotejamento quando acionada.

Os equipos utilizados na dieta enteral são descartáveis. Ou seja, após um dia de administração da nutrição enteral, eles devem ser descartados. Qualquer recomendação diferente dessa, deve ser feita através da orientação  de um profissional da saúde.

Toda administração de nutrição enteral deve seguir à risca as recomendações do médico ou do nutricionista, seja na terapia nutricional realizada em casa ou no hospital. Isso inclui, por exemplo, o suprimento adequado de água, para manter a hidratação do paciente, principalmente nos intervalos de administração da dieta. 

Que cuidados devem ser tomados?


Além dos cuidados com a composição da dieta, fornecido pelo nutricionista responsável, outros aspectos devem ser observados com rigor, principalmente quando a alimentação via enteral é fornecida em casa.

O primeiro deles diz respeito à higienização2. Entre os cuidados essenciais, é importante lavar e secar as mãos e é recomendável o uso de luvas  antes de manipular a dieta e materiais e não falar, tossir ou espirrar sobre eles. O uso de álcool gel após lavar as mãos pode também ser uma prática importante para a assepsia das mãos. Os itens podem ser lavados e esterilizados conforme orientação profissional, utilizando soluções apropriadas para esse fim.

Os cuidados devem prosseguir em relação ao armazenamento das fórmulas, que não devem superar nunca 24 horas na geladeira. Toda alimentação deve ser retirada da refrigeração no máximo 30 minutos antes de ser administrada2.

Além disso, é preciso observar a aceitação do paciente à dieta enteral e acompanhar eventuais efeitos colaterais ou complicações, informando sempre o médico e nutricionista responsáveis. Entre os quadros mais comuns estão episódios de prisão de ventre, diarreia, refluxo e obstrução da sonda. Mais uma vez, os cuidadores devem ser orientados pelos profissionais de saúde responsáveis sobre como agir para prevenir e contornar esses problemas, visando o menor impacto possível sobre o estado nutricional de quem está recebendo a nutrição enteral.

A partir do momento em que se considera a importância da manutenção do estado nutricional na recuperação e no bem-estar do paciente, observar todos os cuidados na hora de administrar a dieta enteral faz parte de uma estratégia de cuidado eficiente, independente do quadro diagnosticado.

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Referências.

1.What Is Enteral Nutrition
https://www.nutritioncare.org/About_Clinical_Nutrition/What_is_Enteral_Nutrition/

2.Orientações para Pacientes Nutrição Enteral
https://accamargo.org.br/sites/default/files/2020-08/Manual-Nutricao-Enteral.pdf

3.Guia Multidisciplinar de orientação para pacientes em uso de nutrição enteral domiciliar
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-univasf/saude/GuiaNutrioEnteral2.pdf