mulher com dificuldade de mastigar

Dificuldade para mastigar? Confira 5 dicas para se alimentar melhor

Dificuldade para mastigar? Confira 5 dicas para se alimentar melhor

A dificuldade para mastigar pode prejudicar a manutenção do estado nutricional, principalmente em idosos, nos quais deficiências como esta podem ser uma realidade. Com isso, é natural que esse problema afete ainda mais o bem-estar do indivíduo nesse estágio da vida, prejudicando sua independência e desencadeando outros problemas de saúde.

Neste sentido, é importante conhecer o que pode provocar a dificuldade de mastigação e o que pode ser feito para que a alimentação não se torne um problema na rotina dos mais velhos. Por isso, vale conhecer algumas dicas que podem minimizar o impacto dos problemas de mastigação, sempre em associação com a atuação dos profissionais de saúde apropriados.

As causas da dificuldade para mastigar

Problemas de saúde bucal são uma das principais causas da dificuldade de mastigação em idosos. É comum que com o passar dos anos, as pessoas percam um ou mais dentes e tenham que substituí-los por dentaduras e próteses. Esse cenário pode ser ainda mais grave em contextos em que o acesso ao tratamento odontológico fica aquém do ideal1

Doenças neurodegenerativas também podem estar relacionadas a prejuízos na capacidade de mastigação1. Elas podem estar associadas a quadros de disfagia, que afetam a capacidade de engolir, favorecendo quadros de  desnutrição, desidratação, pneumonias broncoaspirativas e outras complicações, sendo fundamental realização  de adaptações na dieta.

Alguns tratamentos utilizados para o combate a doenças também podem prejudicar a dificuldade de mastigar, por exemplo, quimio ou radioterapia em pacientes oncológicos, cujo alguns efeitos colaterais dificultam o ato de mastigação (boca seca, mucosites ou mesmo alterações na boca e mandíbula), além de ocasionar perda de apetite2.

As principais dicas de adaptação

É claro que a causa da dificuldade de mastigação precisa ser investigada para que a melhor abordagem possível seja adotada. As dicas abaixo são de simples adoção e podem contribuir para garantir uma alimentação adequada.

1.Privilegie alimentos que facilitem a mastigação

É essencial dar preferência a alimentos macios e suaves. Um jeito simples de saber se os itens da refeição estão na textura adequada é utilizando um garfo: a comida deve ser facilmente amassada ou partida com a lateral, ou com as costas do talher3. A partir disso, é possível incluir na dieta alimentos como:

    • Frutas macias cortadas em pedaço, sem casca e semente;
    • Carnes, sem pele, ossos e espinhos, desfiadas ou em pedaços pequenos;
    • Leite, iogurte e queijos macios ou cremosos;
    • Verduras, legumes e leguminosas bem cozinhas e com caldo;
    • Sopas, mingaus e purês sem pedaços grandes;
    • Sucos e vitaminas de frutas.

Ademais, como a dificuldade para mastigar pode afetar o apetite, invista na diversidade da dieta para manter a atratividade. É importante também tomar cuidado com a temperatura dos pratos, principalmente quando o comprometimento motor for significativo.

2. Evite alimentos difíceis de mastigar

No sentido oposto, vale conhecer alimentos que podem representar uma dificuldade adicional para a mastigação apropriada. Em geral, isso inclui3:

    • Alimentos grossos e secos, como alguns tipos de pães e sementes cruas;
    • Alimentos pegajosos, como doces e balas;
    • Alimentos que se desfazem com facilidade, como bolos secos e biscoitos;
    • Legumes, frutas e verduras duras, secas ou fibrosas;
    • Alimentos com cascas, peles ou outros revestimentos;
    • Carnes duras, com ossos e cortadas em pedaços grandes. 

3. Reduza o tamanho das porções

Se a ingestão de alimentos estiver aquém do normal devido às dificuldades para mastigar, uma opção é reduzir o tamanho das porções e distribuí-las em mais vezes ao dia. Dessa forma, é possível fazer 3 grandes refeições ao dia e pequenos lanches ao longo do dia3.

Seja como for, investir em um ambiente tranquilo e reservar tempo adequado para cada refeição também faz diferença, principalmente para os idosos com problemas neurodegenerativos. O local deve ser sempre tranquilo e sem distrações. Esse cuidado também fortalece a independência do indivíduo, dentro do possível4.

4. Reforce o consumo de água, principalmente durante as refeições

Quando a boca seca for o fator que dificulta a mastigação, oferecer pequenos goles de água durante a refeição ajuda no amolecimento do alimento e favorece a produção de saliva4. Os líquidos também podem ajudar a deixar os pratos mais úmidos, por isso, o uso de leite, sucos, molhos sem pedaços, azeite ou manteiga, podem ser uma solução.

Nos quadros de disfagia, o consumo de líquidos não está indicado, pois, ela pode provocar tosses e engasgos. Neste sentido, para maior segurança, se utiliza espessantes alimentares para engrossar os líquidos (água, sucos e molhos, entre outros), sem alterar o seu sabor4.

5. Conte sempre com suporte da equipe de saúde 

O suporte de dentistas, médicos, nutricionistas e outros profissionais de saúde (como os fonoaudiólogos, nos casos de disfagia) pode ajudar nas adaptações necessárias da dieta e na identificação do que está causando a dificuldade de mastigação. 

Um dentista pode indicar próteses apropriadas e cuidar de outros problemas relativos à saúde bucal. O fonoterapeuta irá avaliar a necessidade de alteração na consistência da dieta oral em casos de disfagia. Já médicos e nutricionistas irão avaliar o estado nutricional e indicar a suplementação oral nas situações onde a alimentação não estiver sendo suficiente para suprir toda a necessidade nutricional. Dessa forma, é possível fazer a complementação de carboidratos, proteínas e micronutrientes, como vitaminas e minerais. 

Dificuldades para mastigar, principalmente em idosos, devem ser sempre encaradas como o problema sério que são. Por isso, toda a atenção, seja para identificar as causas ou para ajustar a dieta e garantir a manutenção do estado nutricional, é indispensável. Não hesite em procurar ajuda com profissionais capacitados sempre que necessário.

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Referências

1. WOO, Jean; TONG, Cecilia; YU, Ruby. Chewing difficulty should be included as a geriatric syndrome. Nutrients, v. 10, n. 12, p. 1997, 2018. DOI: 10.3390/nu10121997. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6315631/. Aceso em setembro de 2023.

2. Dificuldade de Mastigação - Instituto Oncoguia.
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dificuldade-de-mastigacao/205/109/

3. NHS. Nutrition and dietetics Speech and language therapy. Easy chew food: Information for patients, relatives and carer. Disponível em: https://www.imperial.nhs.uk/-/media/website/patient-information-leaflets/speech-and-language-therapy/easy-chew-food.pdf?rev=0b950a7c23a649b0ad66fb9321f37a2c&sc_lang=en. Acesso em setembro de 2023.

4. DERSARKISSIAN, Carol. Help for Eating Problems With Chewing, Swallowing, and Dysphagia. What to Do If It's Hard to Chew or Swallow. Disponível em: https://www.webmd.com/healthy-aging/features/eating-problems. Acesso em setembro de 2023.