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Saiba como identificar os primeiros sinais de risco de desnutrição em idosos

Saiba como identificar os primeiros sinais de risco de desnutrição em idosos

A desnutrição é uma condição clínica grave para idosos. Estima-se que a prevalência possa chegar a mais de 60% em países em desenvolvimento. Além disso, a desnutrição em pessoas idosas aumenta: o risco de mortalidade; a suscetibilidade às infecções; o declínio cognitivo e funcional; e vulnerabilidade emocional e psicológica1.

 

Entenda a desnutrição e saiba como identificar os principais sinais e sintomas para evitar complicações e buscar ajuda especializada precocemente.

 

O que é a desnutrição

A desnutrição é uma condição clínica de saúde em que há baixa ingestão ou absorção de nutrientes, reduzindo o fornecimento de energia necessária para o bom funcionamento do organismo.

 

Os idosos que têm maior risco de desnutrição são aqueles institucionalizados ou hospitalizados. Por isso, é importante a avaliação nutricional realizada pelos profissionais da saúde para detectar e monitorar os riscos, visando intervenção precoce e melhorando a qualidade de vida.

 

Sinais e sintomas da desnutrição em idosos

Muitas vezes, os sinais e sintomas da desnutrição são confundidos com o processo natural do envelhecimento e pode contribuir para o desenvolvimento de uma desnutrição grave.

Para uma identificação correta dos sinais e sintomas da desnutrição em idosos, é preciso atenção e conhecimento sobre as necessidades nutricionais.

 

Monitorar os indicadores de desnutrição nos idosos é essencial e deve ser realizado pelos cuidadores e seus familiares sob orientação e supervisão do profissional de saúde (medico e nutricionista). Alguns indicadores precisam de exames laboratoriais, outros de dados como peso, altura, avaliação de dependência e hábitos alimentares, são eles:

 

  • Perda de peso de 5% em um mês, 7,5% em três meses e 10% em seis meses;
  • IMC menor que 22 kg/m2;
  • Mudança de estado funcional: de independente para dependente;
  • Ingestão alimentar inadequada;
  • Albumina sérica abaixo de 3,5 mg/dL;
  • Colesterol sérico inferior a 160 mg/dL.

 

Para a observação desses sinais e sintomas é necessário acompanhamento clínico e nutricional constante, devido ao alto risco de fragilidade. Apesar desses indicadores serem mais técnicos, a família e os cuidadores também podem observar alguns sinais que representam um possível risco de desnutrição.

 

10 sinais e sintomas de desnutrição em idosos

  1. Transtornos na deglutição: como engasgo, tosse, sensação de alimento parado na garganta;
  2. Recusa frequente de alimentos que antes era bem aceito pelo idoso;
  3. Pigarros constantes após deglutir;
  4. Esforço nítido para deglutir;
  5. Apatia e irritabilidade;
  6. Pele e cabelos mais secos;
  7. Cicatrização lenta;
  8. Cansaço excessivo;
  9. Diarreia frequente;
  10. Inchaços no corpo.

 

Esses sinais, apesar de não estarem diretamente ligados à desnutrição em idosos, são pontos de atenção. Isso porque, com a presença constante deles, a ingestão alimentar pode não estar sendo suficiente, o que leva ao quadro de desnutrição.

 

Riscos e complicações da desnutrição em idosos

Devido ao envelhecimento, naturalmente os idosos fazem parte do grupo de risco para desnutrição. No entanto, algumas situações são consideradas como fator de risco que elevam ainda mais as chances de o idoso desenvolver desnutrição. Portanto, além do envelhecimento, podemos citar:

  • Condição econômica de pobreza;
  • Isolamento social (durante a pandemia de COVID-19 isso foi um agravante);
  • Alterações neuropsicológicas (demência, delirium e depressão);
  • Doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer;
  • Disfagia;
  • Perda de autonomia e de capacidade funcional.

 

Portanto, a desnutrição de idosos é extremamente preocupante. Ainda mais ao se considerar as diversas complicações que podem surgir.

Algumas das complicações decorrentes da desnutrição em idosos são:

  • Anemia;
  • Lesão por pressão;
  • Fraturas ósseas;
  • Fragilidade;
  • Déficit cognitivo;
  • Desenvolvimento de doenças crônicas;
  • Disfunção imunológica e outros.

 

Suplementação nutricional para idosos

A suplementação nutricional pode prevenir as consequências da desnutrição em idosos. A combinação de uma alimentação adequada, a prática de exercícios físicos e a suplementação nutricional quando necessário, mantém a qualidade de vida e a saúde do idoso.

 

A suplementação é recomendada quando a ingestão alimentar não é suficiente para as necessidades nutricionais mínimas e só deve ser realizada sob recomendação de um nutricionista ou médico. Dessa forma, é possível adequar a suplementação às necessidades individuais.

 

Sempre é priorizado a alimentação natural pela via oral, sendo os suplementos nutricionais orais a primeira opção de terapia nutricional. Quando esta possibilidade não é possível, outras terapias nutricionais são indicadas, como a nutrição enteral e parenteral.

 

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Referências

  1. Damo, Cássia Cassol et al. Risco de desnutrição e os fatores associados em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, p. 711-717, 2018.
  2. Sousa, Valéria Maria Caselato; Guariento, Maria Elena. Avaliação do idoso desnutrido. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 7, p. 46-9, 2009.
  3. Silva, Juliana Lourenço et al. Fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 18, p. 443-451, 2015.
  4. Oliveira, Aline Samara et al. Prevalência da desnutrição em idosos. Revista Perspectiva, v. 45, n. 169, p. 141-154, 2021.
  5. Travassos, Letícia de Carvalho Palhano et al. Risco nutricional e sinais e sintomas de alterações da deglutição em idosos hospitalizados. Revista CEFAC, v. 21, 2020.
  6. Morley, John E. Desnutrição proteico-calórica (DPC). In: Manual MSD. 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/desnutri%C3%A7%C3%A3o/desnutri%C3%A7%C3%A3o-energ%C3%A9tico-proteica-dep#v882878_pt. Acesso em: 15 out 2022.
  7. Henriques, Inês; Cebola, Marisa; Mendes, Lino. Desnutrição, sarcopenia e COVID-19 no idoso: evidência científica da suplementação de vitamina D. Acta Portuguesa de Nutrição, n. 21, p. 26-30, 2020.