BMF009 - banner Maior.png

Como a suplementação nutricional oral pode ajudar o organismo em diferentes situações?

Nem sempre a alimentação regular, por mais que seja composta por uma dieta balanceada, é capaz de suprir as necessidades de diferentes indivíduos, principalmente na existência de doenças e comprometimentos físicos dos mais diversos. Tal contexto reforça como a suplementação nutricional oral pode ser relevante.

Tal recurso pode ser importante em condições que vão desde o período intra-hospitalar e pós alta hospitalar, até durante o tratamento de algumas enfermidades que tem a indicação da suplementação nutricional oral, sempre com a devida supervisão profissional.

Afinal, o que é a suplementação nutricional oral?

Em termos gerais, suplementação nutricional oral diz respeito à introdução de produtos industrializados que podem ser ingeridos normalmente pela boca, como o termo indica. Eles podem ser parte de uma dieta sempre que os alimentos não forem capazes de suprir todas as necessidades nutricionais.

Com isso, a pessoa que recebe esses produtos consegue complementar sua alimentação, atingindo as doses diárias recomendadas de nutrientes, de acordo com a demanda do organismo avaliada a partir de orientação profissional.

Por outro lado, não há recomendação para que esses mesmos suplementos sejam fornecidos de forma exclusiva. Ou seja, eles atuam como complemento e nunca como fonte única de qualquer que seja a deficiência nutricional observada.

Quais são algumas das principais indicações desse tipo de suplementação?

Como a manutenção de um estado nutricional apropriado pode fazer toda a diferença na trajetória e no desfecho de uma série de condições clínicas, vale indicar algumas das situações nas quais a suplementação nutricional oral pode contribuir com o benéfico progresso do paciente.

Câncer

É comum que pacientes oncológicos apresentem quadros de desnutrição. Entre 40% e 80% desse público apresenta algum sinal de deficiência nutricional, dependendo do grau de progressão do tumor1-3.

Neste sentido, é essencial detectar o prejuízo nutricional de forma precoce. Geralmente, ele é facilmente notado, uma vez que a perda de peso é um dos primeiros sinais observados no momento do diagnóstico desses indivíduos.

É importante ressaltar que a perda de peso não tratada se reflete no aumento do impacto da toxicidade do tratamento no organismo (acentuando os efeitos colaterais), na maior necessidade de hospitalização e, por fim, em uma maior taxa de mortalidade.

Tal constatação, claro, não é linear entre todos os pacientes: alguns tipos de câncer implicam em chance maior de desenvolver quadros de desnutrição. Tumores na cabeça, boca, pescoço, trato gastrointestinal superior e pulmões representam maior risco nutricional. 

Além do aconselhamento dietético em um primeiro momento, pacientes com câncer se beneficiam da suplementação mesmo antes do início do tratamento, reduzindo o impacto dos efeitos colaterais característicos das intervenções necessárias para combater a doença4.

Faixa Etária

Envelhecer não é uma doença. Contudo, uma série de alterações orgânico-fisiológicas e psicossociais comuns com o passar dos anos podem prejudicar a manutenção de um estado nutricional adequado.

Tal condição abre margem para o desenvolvimento de várias doenças, conforme apontam as principais diretrizes de sociedades nutricionais pelo mundo. Além disso, várias enfermidades podem apresentar complicações sem o correto acompanhamento nutricional, como alguns tipos de câncer e distúrbios cardiovasculares.

Diante do risco de desnutrição ou da presença de comprometimento da massa corporal, a nutrição oral deve ser sempre a primeira opção a se considerar para o cuidado nutricional, levando em conta as limitações impostas pela idade.

Logo, a suplementação oral pode ser oferecida sempre que houver risco de desnutrição ou condições crônicas que comprometam o estado nutricional, tanto para indivíduos hospitalizados quanto em domicílio. Em todos os casos, a avaliação do profissional de saúde (médico ou nutricionista) é indispensável5.

Períodos posteriores à internação hospitalar

O acompanhamento do estado nutricional é fundamental após a alta hospitalar, principalmente após longos períodos de internação.

Não é raro que pacientes internados desenvolvam quadros de desnutrição6 devido a alterações na dieta ou em decorrência de complicações relativas às doenças. No sentido oposto, em casa, a pessoa pode ter mais dificuldade em manter o padrão da alimentação que recebia no hospital.

Nesse contexto, a oferta de suplementação nutricional oral pode ser útil para ajustar a ingestão de nutrientes de forma adequada, contribuindo para o restabelecimento depois da internação e reduzindo o risco de novas internações relativas ao mesmo problema no futuro 6.

Em um estudo conduzido nos EUA com uma grande amostra de pacientes constatou-se que, apesar da baixa indicação da suplementação nutricional oral, os pacientes que receberam a suplementação oral registram um patamar menor de novas internações em 30 dias quando comparado aos pacientes que não receberam suplemento oral. Na média, a redução foi de 38,8%, mas ainda maior entre pacientes oncológicos (46,1%)6.

Como pode ser a composição desses suplementos?

Em geral, os suplementos orais mais utilizados enfocam sua ação no fornecimento de uma quantidade adicional de energia ou de determinado nutriente, como proteínas ou fibras, por exemplo.

Dessa forma, um paciente que precisa recuperar massa muscular diante de um quadro de sarcopenia pode se beneficiar de suplementos ricos em proteína, nutriente essencial para a formação dos músculos.  Por outro lado, pacientes com uma exigência energética maior podem se beneficiar de suplementos hipercalóricos.

De qualquer maneira, é possível avaliar necessidades específicas e encontrar a indicação adequada para cada condição clínica, o que torna essencial a avaliação dos profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento.

Essa é apenas uma pequena introdução de como a suplementação oral pode ajudar o organismo em diferentes situações clínicas, que vão desde o momento inicial do diagnóstico de diversas doenças ao período posterior de recuperação, reduzindo a chance de complicações, o período de internação hospitalar e todo o custo, financeiro, físico e emocional que esse tipo de situação traz.

 

Aproveite e conheça toda a linha de soluções de suplementação oral Fresubin®.

 

Referências

1. LAVIANO, Alessandro; DI LAZZARO, Luca; KOVERECH, Angela. Nutrition support and clinical outcome in advanced cancer patients. Proceedings of the Nutrition Society, v. 77, n. 4, p. 388-393, 2018.

2. PENNA, Fabio et al. The skeletal muscle as an active player against cancer cachexia. Frontiers in physiology, v. 10, p. 41, 2019.

3. MUSCARITOLI, Maurizio; ARENDS, Jann; AAPRO, Matti. From guidelines to clinical practice: a roadmap for oncologists for nutrition therapy for cancer patients. Therapeutic advances in medical oncology, v. 11, p. 1758835919880084, 2019.

4. HORIE, Lilian Mika et al. Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no paciente com câncer. 2019.

5. VOLKERT, Dorothee et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical nutrition, v. 38, n. 1, p. 10-47, 2019.

6. MULLIN, Gerard E. et al. The association between oral nutritional supplements and 30-day hospital readmissions of malnourished patients at a US academic medical center. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, v. 119, n. 7, p. 1168-1175, 2019.